domingo, 19 de fevereiro de 2017

Saúde Suplementar II - Novos negócios em saúde

Neste contexto, surgiram novos modelos de negócio em saúde, como clínicas que cobram preços populares por atendimentos, além de serviços que conectam pacientes e médicos (apelidados de “Uber da saúde”). Paralelamente, o Ministério da Saúde anunciou seu projeto de “planos de saúde populares” – serviços que estariam disponíveis a preços mais baixos, mas com uma cobertura menor do que é exigida hoje pela ANS.

O G1 conversou com pessoas que estão nessa situação para entender como suas vidas mudaram diante e como isso levou a mudanças nos serviços de saúde.
Plano individual é categoria em extinção
Para quem se vê de repente sem plano de saúde por perda de emprego ou aumento repentino do preço, mas faz questão de manter a segurança do plano, está cada vez mais difícil contratar um plano individual, desvinculado de empresas, associações profissionais ou sindicatos.
É o caso da professora de inglês Gabriela Miranda, de 30 anos, que precisou cancelar seu plano devido a um reajuste no preço que fez a mensalidade pesar no bolso. Logo em seguida, passou a procurar uma alternativa com preço mais acessível, mas levou alguns meses até encontrar uma solução viável. “A gente fica de mãos atadas: ou acaba cedendo a uma rede de atendimento inferior ou o preço aumenta demais.”

Saúde Suplementar I

Quem são os brasileiros que deixaram o plano de saúde e como estão se cuidando
Mais de 2,8 milhões de brasileiros deixaram de ter plano de saúde nos últimos dois anos. SUS, clínicas populares e atendimento particular: veja como queda impactou serviços de saúde.

Planos de saúde são serviços almejados no Brasil. Segundo uma pesquisa de 2015 feita pelo Ibope a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), 74% dos brasileiros que não possuem plano de saúde gostariam de ter. Não é difícil entender essa aspiração: apesar de os planos só atenderem um quarto da população, a disponibilidade de médicos no setor privado é três vezes maior do que no SUS, que também sofre com a falta de especialistas e longas esperas para atendimento, marcação de consultas e de exames.
Nos últimos dois anos, porém, o número de privilegiados com acesso aos planos de saúde no Brasil caiu em 2,8 milhões: de 50,4 milhões em dezembro de 2014 para 47,6 milhões em janeiro de 2017, segundo os dados mais recentes divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
“A contratação de plano de saúde está diretamente relacionada à empregabilidade formal e ao poder de compra do cidadão. Em um cenário econômico adverso, é natural que haja redução no número de beneficiários”, afirmou a agência, em nota.

"Em um cenário econômico adverso, é natural que haja redução no número de beneficiários"
ANS

Do total de usuários, cerca de 66% têm planos coletivos empresariais e 13% têm planos coletivos por adesão (ligados a associações profissionais ou sindicatos), enquanto menos de 20% têm planos individuais ou familiares. Por isso o aumento do desemprego tem impacto direto no setor. Além disso, alguns usuários alegam alta dos preços e insatisfação com a qualidade dos planos como motivo de cancelamento do serviço.
Como esses 2,8 milhões de brasileiros que perderam o plano de saúde estão cuidando da própria saúde?
Uma parcela, composta por jovens saudáveis, simplesmente não deve precisar recorrer a serviços de saúde tão cedo. Há os que buscam readquirir o serviço imediatamente, mas encontram obstáculos na busca de planos individuais. Alguns decidem usar apenas serviços particulares e outros recorrem aos serviços públicos de saúde.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Atualização profissional: desafio permanente

Postado em 17 de fevereiro de 2017
Fonte: ProDoctor.
Foto: Google Imagem

Em um mercado globalizado, cada vez mais competitivo e seletivo, estar atualizado é requisito básico para se alcançar o sucesso em qualquer carreira. Em Saúde, além de acompanhar a evolução das formas de tratamento, medicamentos, casos terapêuticos e a contínua revolução tecnológica, o profissional tem na continuidade dos estudos uma oportunidade de estar atento à realidade e de se diferenciar dos demais, seja qual for sua especialidade.
O resultado disso impacta diretamente na prática clínica, uma vez que o crescimento profissional implica na capacidade do profissional em atender seus pacientes de uma forma muito mais eficaz.

Veja algumas dicas que temos para você

Eventos: Um dos caminhos é acompanhar os cursos, seminários e congressos que as sociedades oferecem para seus associados. Nesses encontros, os profissionais têm a chance de intercambiar conhecimento e acessar as formais mais efetivas e atuais em termos de tratamento das principais doenças em suas respectivas sociedades. Além da atualização científica, proporcionam a cada um a oportunidade de se reciclar, sanar dúvidas e alcançar um aprimoramento técnico.

Sociedades Profissionais: elas têm sido o melhor caminho para se obter uma melhor qualificação. Em parcerias com empresas ou não, promovem no decorrer do ano inúmeros cursos de especialização, na área científica e na de gestão da carreira, como o gerenciamento de clínicas, sempre visando à ascensão do profissional. Conhecimentos antes impensáveis, agora são alvo dos profissionais, englobando áreas da Administração, Marketing e Mercado, dentre outras.

Treinamentos: É perceptível a crescente atuação do profissional associada a uma equipe, sendo necessário que ele, como líder, alimente a busca de informações e procure dar a todos o sentido de equipe. O treinamento desta é fundamental para o desenvolvimento de todos.

Reciclagem de informação: O alerta que se faz com relação à espantosa carga de informações disponíveis, com velocidade igualmente espantosa, é acerca da necessidade de se selecionar o que realmente tem respaldo científico e é fundamental no campo de atuação do médico. Seja para se preparar nos estudos ou no desempenho cotidiano de suas tarefas. Ao final, o objetivo é apenas um: oferecer o melhor de sua capacidade profissional para o paciente que necessita de assistência e confia em você.

Pós-graduação: É considerada uma das melhores alternativas para que o profissional possa se especializar e atualizar, seja através do mestrado, doutorado ou lato sensu. Mestrado e doutorado podem ser encontrados gratuitamente em universidades federais e estaduais e diversas instituições oferecem bolsa de estudo. Já o lato sensu, em sua maioria, é pago, porém existem alguns gratuitos, ofertados pela Universidade Aberta do Brasil, que é do Governo Federal, em parceria com instituições públicas.

Fiocruz É uma das instituições que, subsidiada pelo Ministério da Saúde, oferecem especialização gratuitamente, a distância ou presencial. O médico e também os estudantes próximos da formatura devem ficar atentos ao site, a fim de verificar a lista completa. A Fiocruz também tem cursos gratuitos presenciais na área de saúde. Outra instituição de renome, a Universidade de São Paulo (USP) conta com um curso de especialização gratuito semipresencial na área.

Cursos: Frequentemente, a Universidade Nacional do Sistema Único de Saúde (UNASUS) abre diversos cursos gratuitos a distância com certificado. Ela é do Ministério da Saúde e disponibiliza tanto cursos específicos para profissionais da área, quanto os abertos a toda a população. Portanto, é sempre bom estar atento e de olho no site. Às vezes, há curso de especialização com inscrições abertas. São gratuitos, mas específicos para profissionais que estão atuando.

Outros: Acompanhar novidades das pesquisas feitas em sua área, procurar os livros e as brochuras disponibilizados por sua respectiva Sociedade, ficar atento às suas jornadas e simpósios, consultar publicações específicas em revistas, jornais e portais e que sejam depurados pelos critérios de evidências. Buscar a pós-graduação, frequentar feiras, fazer cursos de curta duração. São múltiplos os caminhos.

Nenhuma crise é eterna. Se antecipe promovendo sua capacitação, pois somente os mais capacitados são os escolhidos para as melhores vagas no mercado.